Alta de 1% na cotação do dólar hoje, moeda fecha a R$ 1,582
Postado por MGonzalez no 11 de julho de 2011O dólar comercial fechou em alta nesta segunda-feira (11). A moeda norte-americana subiu 1,09%, cotada a R$ 1,582 na venda. A redução do limite de compulsório sobre a posição dos bancos no mercado de câmbio e o aumento da aversão a risco no mercado internacional afetaram a cotação da moeda norte-americana.
O Banco Central, em mais uma tentativa de frear a queda do dólar, determinou na noite de sexta-feira o recolhimento de um depósito compulsório sobre a posição vendida dos bancos que exceder US$ 1 bilhão, ou que seja superior ao seu patrimônio de referência, o que for menor.
Desde abril esse compulsório era recolhido sobre posição superior a US$ 3 bilhões.
O governo já havia reforçado na semana passada o arsenal contra a baixa do dólar, lançando mão de um leilão de swap cambial reverso além das compras habituais no mercado à vista. O dólar chegou a ser cotado há uma semana nos menores níveis desde janeiro de 1999, perto de R$ 1,55.
A alta do dólar no Brasil era favorecida, ainda pelo clima no mercado global. A aversão a risco era estimulada pela preocupação com a crise na Europa. Autoridades da zona do euro se reuniam em Bruxelas nesta segunda-feira para discutir os problemas na Grécia e a ameaça de contágio na Itália.
Efeito temporário?
A medida aumenta a demanda por dólares no mercado à vista, o que contribui para elevar o preço da moeda.
"Devemos esperar o mercado digerir essa nova medida e encontrar um nível de equilíbrio no curto prazo antes de recomendarmos outra vez a venda de dólares", escreveu Diego Donadio, estrategista do BNP Paribas.
Com a maior demanda de dólares por parte dos bancos, o BC fez apenas um leilão de compra no mercado à vista.
Analistas do Barclays, porém, apostam que a tendência de valorização do real –determinada pelos juros brasileiros e pela perspectiva de entrada de capitais– permanecerá após um momento inicial de volatilidade.
Para o responsável pela tesouraria de um banco nacional, que preferiu não ser identificado, a continuidade da queda do dólar poderia incentivar o governo a tomar outras medidas. Algo que poderia ser feito, diz, é estender o prazo sobre o qual incide uma alíquota maior de imposto em empréstimos externos.
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